3.7.05

Comemoramos.
Bebemos.
E nada de conciliar o sono...
Chão, saliva, loucuras sussurradas para não incomodar os vizinhos.
Nada podia ser melhor, mais doce, mais intensamente insano.
Faço de você exatamente aquilo que você quer de mim.
Que a puritana se masturbe até não haver mais nada.
Pilhas de livros que me servem de travesseiro,
e seu braço pra me lembrar do calor da carne.
Pernas entrelaçadas e peso insuportavelmente leve e boca que me beija como se fosse o óbvio a fazer.
Vivi minhas letras pra isso, sempre, morta de cansaço e insuportavelmente consciente de mim mesma.
Me transformei em ondas sob seus dedos.
E vi a regidez se transformar em fluídos.
Perfeito.
Completo.
Você.

Roberta Nunes
03/07/2005

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