25.11.09

Da série: Coisas para fazer no final de semana...

Palavras do próprio Alexandre Heredia (embora eu ache que ele deva trocar a foto...):

Pessoal,
neste final de semana (dias 28 e 29/11) vou lançar não apenas um, mas DOIS livros, um cada dia, de editoras diferentes e tal. Abaixo os convites com os detalhes:
Primeiro, no dia 28/11, sábado, a partir das 16hs na Livraria Cultura do Shopping Market Place, participarei do lançamento da Coleção Imaginários, da Editora Draco (do qual participo no Vol. 2) e também de uma mesa redonda interessantíssima sobre literatura fantástica.



No dia seguinte (29/11, domingo), participarei do lançamento da antologia Folhas de Espantos, pela Editora Folha da Baixada, no The Wall Café, lá no Bixiga, a partir das 16hs. Neste livro, além de um conto, eu também contribuo com o prefácio. Na ocasião também darei uma pequena palestra a respeito da literatura de gênero no Brasil.



Espero todos vocês por lá!

Um grande abraço,
Alexandre Heredia

23.11.09

A Justiça é mais cega na blogosfera

A Justiça é mais cega na blogosfera

Hora de romper o silêncio deste blog e tocar numa questão que nos atinge a todos que somos, de certa forma, produtores de conteúdo na Internet e veículos com algum, mesmo que pequeno, alcance.

Quer ler o resto?
Aqui.

19.11.09

12.11.09

Fome negra



Os lábios estavam manchados, e os lençóis estavam imundos com todo aquele sangue.
Não deveria ter perdido a cabeça!
Sempre fora paciente, e quase nunca se deixava levar.
Mas, era gostoso demais!

*
Morena e linda, com peitos e bunda perfeitos, toda depilada, e a boca vermelha.
Era o que o sangue latejando nas têmporas martelava a cada minuto.
Um arrepio subiu por sua espinha ao ver aquela bunda branca e deliciosa subindo e descendo no seu membro enorme de africano.
A garota parecia uma doida, abocanhando o que nem as jumentas de sua terra conseguiam agüentar.
Ele imaginou que fosse rasgá-la quando ela sentou sobre ele.
Era como empalar alguém, sentir o seu membro invadindo os órgãos como se fosse uma lança feita de nervos e sangue.
Era o céu!
Enquanto a garota gemia alto, ele urrava e controlava o prazer, mas não era nada fácil.
Até que ela mudou de posição, se pôs de quatro, e pediu pra ser empalada "de verdade".
Ele nunca tinha conseguido tal coisa com uma mulher, pelo menos, não com uma viva...
Quanto mais ele arremetia, mais ela queria, e gritava.
Ele enlouqueceu, e fez uso de toda a sua fúria e tesão.
Quando deu por si, o sangue estava por todos os lados, nas paredes, na cama, escorrendo pelo chão, melando os corpos.
Até que, um instante antes do gozo, num momento de sanidade no meio da loucura, ele viu , pelo espelho, o sorriso satisfeito da mulher enquanto seus dedos ensangüentados passeavam lascivamente pelos lábios grossos.
Foi a última coisa que viu, e o orgasmo foi avassalador.

*
A parte difícil não era se livrar dos corpos, era limpar a sujeira.
Nessas horas, sempre lançava mão do suborno.
Uma faxineira mais necessitada sempre arranjava lençóis extras.
Ela recolheu as roupas do homem, tomando o cuidado de limpar a carteira e os bolsos, juntou com os restos dele, os ossos ocos, a pele grossa, os poucos pelos encaracacolados, os lençóis sujos e colocou tudo num enorme saco preto, pensando na ironia da coisa.
Guardou os olhos.
O importante é que não estava mais com fome.


Roberta Nunes